Eu e a Web 2.0
A revolução tecnológica (informacional) desenvolvida nos últimos 15 anos promoveu, e continua promovendo, mudanças significativas na forma como nos comunicamos, como nos desenvolvemos profissionalmente, como nos relacionamos e principalmente na forma como vivemos enquanto sociedade.
As tecnologias, como um meio de suporte para os processos existentes em nosso dia a dia, vêm evoluindo exponencialmente muito além dos conhecimentos técnicos e científicos que lhe são pertinentes para conhecimentos estruturados e desenvolvidos de forma mais coletiva, através do compartilhamento e colaboração dos saberes efetivamente relevantes às aplicações aos quais essas tecnologias se propõem a atender.
Desta forma, vivenciamos uma transformação social na qual a tecnologia amplia as suas fronteiras conceituais como (meio) e passa a compor níveis de necessidades cada vez mais intrínsecos a nossa “sub existência” e, em certos casos, a nossa própria “sobrevivência” tornando-se parte integrante e integrada a o que somos como pessoas (ser humano) e indivíduos (organismo singular) nessa sociedade em transformação.
Em meio a esse processo evolutivo, constante e indefinido, imerso em um ambiente de necessidades tecnológicas e humanas, podemos dizer ou visualizar que a Web 2.0 representa um conjunto de mudanças não apenas em conceitos relativos a como novas tecnologias são desenvolvidas, mas sim como essas mesmas tecnologias são aplicadas e utilizadas por nós, atores principais e coadjuvantes dessa nova sociedade baseada em conhecimento.
Conforme a conceituação base de Tim O´Reilly:
“Web 2.0 é a mudança para uma internet como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos da rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência coletiva.”
A forma como usamos e percebemos essas novas tecnologias em nossas vidas, em especial as tecnologias estruturadas sobre os conceitos da Web 2.0, pode ser visto como a mudança mais significativa nesse processo evolutivo em constante transformação. E nesse novo ambiente, ao qual interajo desde a adolescência tanto no escopo profissional como em minha vida pessoal, percebo diversas oportunidades sendo criadas e desenvolvidas, agregadas, compiladas, aperfeiçoadas em níveis de abrangências extremamente amplos.
A possibilidade de aprendizagem sem fronteiras físicas, o compartilhamento de conteúdos diversos e infindáveis, a conectividade e integração de pessoas indistintamente, nos permite um desenvolvimento estruturado em redes coletivas (sociais, culturais, baseadas em inovação...) que nos conduz a nossa auto-evolução a partir da nossa iniciativa e determinação em atuar na disseminação conceitual e prática, focada na compreensão desse processo de transformação de uma Tecnologia 1.0, baseada em conhecimentos técnicos e científicos, para um Mundo 2.0, baseado também em conhecimentos intrínsecos ao ser-humano, conectados e desenvolvidos num ambiente de inteligência coletiva.
terça-feira, 31 de março de 2009
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
Um novo ciclo...
O divertimento cria a alegria.
A alegria convida à participação.
A participação focaliza-se na atenção.
A atenção expande a concientização.
A concientização promove a melhor percepção.
A percepção gera o conhecimento.
O conhecimento facilita a ação.
A ação conduz a resultados.
A alegria convida à participação.
A participação focaliza-se na atenção.
A atenção expande a concientização.
A concientização promove a melhor percepção.
A percepção gera o conhecimento.
O conhecimento facilita a ação.
A ação conduz a resultados.
Frases...
Quando a competição é grande, estar um passo a frente pode ser decisivo.
O maior fracasso do ser-humano é perder o entusiasmo.
O otimista pode até errar, mas o pessimista já começa errando.
Se um homem não sabe a que porto se dirige, nenhum vento lhe será favorável.
É preciso acreditar, resta saber em quem.
Criatividade, em sendo a nossa essência, se aplica e se encontra em todo lugar.
Criatividade: um tipo de processo de aprendizado em que professor e aluno são o mesmo indivíduo.
A mudança é o componente essencial da criatividade. Algumas coisas que não existiam previamente, agora existem.
Se seguirmos apenas os caminhos já trilhados, chegaremos ao lugar em que outros chegaram antes de nós.
O erro é uma etapa provisória no longo caminho que conduz ao acerto.
A qualidade é como a arte do ensino, é ajudar a descobrir.
Cuidado: boa argumentação é algo lógico e convincente, porém não vai além disso.
Uma visão sem ação é meramente um sonho, uma ação sem visão carece de sentido mas uma visão com ação pode mudar o mundo.
A imaginação é mais importante que o conhecimento.
O maior fracasso do ser-humano é perder o entusiasmo.
O otimista pode até errar, mas o pessimista já começa errando.
Se um homem não sabe a que porto se dirige, nenhum vento lhe será favorável.
É preciso acreditar, resta saber em quem.
Criatividade, em sendo a nossa essência, se aplica e se encontra em todo lugar.
Criatividade: um tipo de processo de aprendizado em que professor e aluno são o mesmo indivíduo.
A mudança é o componente essencial da criatividade. Algumas coisas que não existiam previamente, agora existem.
Se seguirmos apenas os caminhos já trilhados, chegaremos ao lugar em que outros chegaram antes de nós.
O erro é uma etapa provisória no longo caminho que conduz ao acerto.
A qualidade é como a arte do ensino, é ajudar a descobrir.
Cuidado: boa argumentação é algo lógico e convincente, porém não vai além disso.
Uma visão sem ação é meramente um sonho, uma ação sem visão carece de sentido mas uma visão com ação pode mudar o mundo.
A imaginação é mais importante que o conhecimento.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
O óbvio surpreendente...
Normalmente presenciamos empresas em diversos seguimentos e atividades se descrevendo como organizações que valorizam, acima de tudo, a satisfação do cliente.
Desenvolvem processos de qualidade total, ficam loucas em buscas de certificações, investem fortunas em campanhas publicitárias e em serviços de atendimentos que, em muitos casos, acabam prestando um desserviço ao cliente.
Muitos desses investimentos acabam não se convertendo no resultado que a grande maioria dessas empresas espera: lucro, rentabilidade, maior remuneração por ação, ou qualquer um dos vários nomes que possamos dar ao que essas empresas realmente esperam: a multiplicação do dinheiro investido.
Vemos todos os dias empresas contratando serviços de tecnologia (hardware - software), consultorias para todo e qualquer tipo de assunto, sempre com expectativas de resultado para ontem ou anteontem.
Surpreendentemente, muitas dessas empresas se esquecem do óbvio, entender, diagnosticar, perguntar efetivamente o que o cliente quer e o que deseja e também o que não quer e não deseja da prestação do serviço contratado ou do produto adquirido.
As empresas que desenvolvem essa percepção de co-participação do cliente e aplicam em seus processos de negócios, tem alcançado diferenciais significativos.
Toda organização está constantemente em busca de sua sobrevivência e de seu sucesso. O ambiente extremamente competitivo, as evoluções tecnológicas, as mudanças culturais e comportamentais na forma de se consumir bens e serviços, associados ao poder da interatividade e conectividade das experiências de consumidores através de redes de interesse comum, sem fronteiras ou limites a informação, promovem uma necessidade imperativa de não se dar ao luxo de errar e deixar a desejar no que é mais fundamental nesse processo, atender basicamente o que motiva e o que leva o cliente a adquirir o seu produto ou serviço, realizar para ele (cliente) o óbvio “surpreendente”.
Normalmente presenciamos empresas em diversos seguimentos e atividades se descrevendo como organizações que valorizam, acima de tudo, a satisfação do cliente.
Desenvolvem processos de qualidade total, ficam loucas em buscas de certificações, investem fortunas em campanhas publicitárias e em serviços de atendimentos que, em muitos casos, acabam prestando um desserviço ao cliente.
Muitos desses investimentos acabam não se convertendo no resultado que a grande maioria dessas empresas espera: lucro, rentabilidade, maior remuneração por ação, ou qualquer um dos vários nomes que possamos dar ao que essas empresas realmente esperam: a multiplicação do dinheiro investido.
Vemos todos os dias empresas contratando serviços de tecnologia (hardware - software), consultorias para todo e qualquer tipo de assunto, sempre com expectativas de resultado para ontem ou anteontem.
Surpreendentemente, muitas dessas empresas se esquecem do óbvio, entender, diagnosticar, perguntar efetivamente o que o cliente quer e o que deseja e também o que não quer e não deseja da prestação do serviço contratado ou do produto adquirido.
As empresas que desenvolvem essa percepção de co-participação do cliente e aplicam em seus processos de negócios, tem alcançado diferenciais significativos.
Toda organização está constantemente em busca de sua sobrevivência e de seu sucesso. O ambiente extremamente competitivo, as evoluções tecnológicas, as mudanças culturais e comportamentais na forma de se consumir bens e serviços, associados ao poder da interatividade e conectividade das experiências de consumidores através de redes de interesse comum, sem fronteiras ou limites a informação, promovem uma necessidade imperativa de não se dar ao luxo de errar e deixar a desejar no que é mais fundamental nesse processo, atender basicamente o que motiva e o que leva o cliente a adquirir o seu produto ou serviço, realizar para ele (cliente) o óbvio “surpreendente”.
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Criando Motivação (Será?)...
É muito comum ouvirmos no ambiente de trabalho, dos nossos chefes e gestores de RH, discursos apregoando o desenvolvimento de práticas para a criação de motivação. Criam eventos, dinâmicas e em alguns casos, aplicam até métodos de banca de jornal, acreditando que poderão através de suas iniciativas criarem motivação nas pessoas.
Já ouvi relatos de situações em que essas iniciativas e atitudes são até bem diretas, rápidas e simples como, por exemplo:
O chefe ao perceber certo grau de desmotivação, desânimo, falta de interesse pelo trabalho, proativamente busca criar a motivação em seus subordinados:
“Você está insatisfeito, tem um monte de gente lá fora querendo a sua vaga” ou “Por que vocês estão desanimados? vamos sorrir trabalhar e produzir, felizes. Isso é uma ordem!” Muito motivador.
Mas também existem ações menos diretas “agressivas”, como os métodos de dinâmica de grupo, formação de grupos teatrais ou palestras com ídolos do esporte, enfim, ações muitas vezes surdas, apresentadas ou até impostas aos colaboradores com o objetivo de “tentar” criar motivação.
Mas o que vem a ser motivação?
“Em psicologia, motivação é a força propulsora (desejo) por trás de todas as ações de um organismo.
Motivação é o processo responsável pela intensidade, direção,e persistência dos esforços de uma pessoa para o alcance de uma determinada meta.
A motivação é baseada em emoções, especificamente, pela busca por experiências emocionais positivas e por evitar as negativas, onde positivo e negativo são definidos pelo estado individual do cérebro, e não por normas sociais: uma pessoa pode ser direcionada até à auto-mutilação ou à violência caso o seu cérebro esteja condicionado a criar uma reação positiva a essas ações.”
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Motiva%C3%A7%C3%A3o
No caso apresentado acima, o chefe se utilizou do poder da coerção, talvez a mais óbvia forma de “motivação”, em função de seu efeito imediato ao levar as pessoas a uma aceitação do que é imposto para evitar dor ou outras consequências negativas.
O importante, de um modo geral, é a compreensão de que a motivação é uma força intrínseca às pessoas, parte de dentro para fora, das pessoas para o ambiente em função do que percebem e desejam dele.
Não podemos criar motivação, mas apenas desenvolver estímulos, condições ambientais entre outros fatores que permitam o despertar de sentimentos motivacionais nas pessoas.
É preciso ouvir e interpretar, diagnosticar a situação em nível grupal e individual para compreendermos as causas reais de um ambiente desmotivado e, a partir dessa avaliação, desenvolver as práticas que possibilitem os melhores resultados. Talvez até dinâmicas de grupo, formação de grupos teatrais ou palestras com ídolos do esporte.
Em face do desenvolvimento de uma nova sociedade que surge baseada no conhecimento, em que a colaboração das pessoas, seus saberes, é cada vez mais fundamental para que as organizações sobrevivam com sucesso, em meio a um ambiente cada vez mais global e competitivo, o grau de motivação, a intensidade com a qual as pessoas se envolvem e se dedicam ao que fazem, é essencial para a realização efetiva de qualquer objetivo.
É provável que esta evolução social e comportamental nos leve, no futuro, a um ambiente organizacional mais feliz, de pessoas mais realizadas que se auto-desenvolvam em função que do realmente as motive.
É muito comum ouvirmos no ambiente de trabalho, dos nossos chefes e gestores de RH, discursos apregoando o desenvolvimento de práticas para a criação de motivação. Criam eventos, dinâmicas e em alguns casos, aplicam até métodos de banca de jornal, acreditando que poderão através de suas iniciativas criarem motivação nas pessoas.
Já ouvi relatos de situações em que essas iniciativas e atitudes são até bem diretas, rápidas e simples como, por exemplo:
O chefe ao perceber certo grau de desmotivação, desânimo, falta de interesse pelo trabalho, proativamente busca criar a motivação em seus subordinados:
“Você está insatisfeito, tem um monte de gente lá fora querendo a sua vaga” ou “Por que vocês estão desanimados? vamos sorrir trabalhar e produzir, felizes. Isso é uma ordem!” Muito motivador.
Mas também existem ações menos diretas “agressivas”, como os métodos de dinâmica de grupo, formação de grupos teatrais ou palestras com ídolos do esporte, enfim, ações muitas vezes surdas, apresentadas ou até impostas aos colaboradores com o objetivo de “tentar” criar motivação.
Mas o que vem a ser motivação?
“Em psicologia, motivação é a força propulsora (desejo) por trás de todas as ações de um organismo.
Motivação é o processo responsável pela intensidade, direção,e persistência dos esforços de uma pessoa para o alcance de uma determinada meta.
A motivação é baseada em emoções, especificamente, pela busca por experiências emocionais positivas e por evitar as negativas, onde positivo e negativo são definidos pelo estado individual do cérebro, e não por normas sociais: uma pessoa pode ser direcionada até à auto-mutilação ou à violência caso o seu cérebro esteja condicionado a criar uma reação positiva a essas ações.”
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Motiva%C3%A7%C3%A3o
No caso apresentado acima, o chefe se utilizou do poder da coerção, talvez a mais óbvia forma de “motivação”, em função de seu efeito imediato ao levar as pessoas a uma aceitação do que é imposto para evitar dor ou outras consequências negativas.
O importante, de um modo geral, é a compreensão de que a motivação é uma força intrínseca às pessoas, parte de dentro para fora, das pessoas para o ambiente em função do que percebem e desejam dele.
Não podemos criar motivação, mas apenas desenvolver estímulos, condições ambientais entre outros fatores que permitam o despertar de sentimentos motivacionais nas pessoas.
É preciso ouvir e interpretar, diagnosticar a situação em nível grupal e individual para compreendermos as causas reais de um ambiente desmotivado e, a partir dessa avaliação, desenvolver as práticas que possibilitem os melhores resultados. Talvez até dinâmicas de grupo, formação de grupos teatrais ou palestras com ídolos do esporte.
Em face do desenvolvimento de uma nova sociedade que surge baseada no conhecimento, em que a colaboração das pessoas, seus saberes, é cada vez mais fundamental para que as organizações sobrevivam com sucesso, em meio a um ambiente cada vez mais global e competitivo, o grau de motivação, a intensidade com a qual as pessoas se envolvem e se dedicam ao que fazem, é essencial para a realização efetiva de qualquer objetivo.
É provável que esta evolução social e comportamental nos leve, no futuro, a um ambiente organizacional mais feliz, de pessoas mais realizadas que se auto-desenvolvam em função que do realmente as motive.
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
A pior invenção do ser humano...
Quando cursei o segundo grau técnico em informática, atualmente chamado de ensino médio, estudei com um professor de História chamado Josué que numa de suas aulas nos perguntou o seguinte: “qual foi a pior invenção do ser humano”.
Todos nós apresentamos várias invenções como: a bomba atômica, o revolver e outras armas de fogo, cadeira elétrica, gilhotina, etc, etc, quase sempre invenções ligadas à morte e a destruição.
Para nossa surpresa o professor Josué nos disse que a pior invenção do ser humano havia sido a “cerca”. Ficamos todos calados, decepcionados, com a idéia de que a simples “cerca que separa os quintais” poderia ser considera a pior invenção do ser humano.
E então veio a explicação “filosófica” do professor:
O homem em sua origem era um ser nômade que não se fixava na terra e vivia permanentemente mudando de lugar. Não se dedicava à agricultura e frequentemente ignorava fronteiras nacionais na sua busca por melhores lugares.
Com a descoberta e desenvolvimento da agricultura o homen (nômade) muda sua característica de andarílho e passa a se fixar na terra. Esta nova forma de vida, fixada, começa a ser seguida por muitos homens que também passam a se dedicar a agricultura.
Surge então o problema, a necessidade e a solução:
O problema ocorrido foi a mistura das plantações e da terra, que começaram a provocar brigas entre seus “donos” (proprietários). Em função disso, surge a necessidade de organizar “o que era de quem” e “quem era dono do quê”. A solução encontrada (criada) foi a cerca, que organiza a posse e separa os quintais.
Bom, até aqui a “cerca” nos perecia uma ótima invenção. Até que as brigas para organizar e separar as posses começaram a gerar a ambição para possuir as melhores posses...
E assim, o professor Josué foi nos acrescentando argumentos para nos demonstrar a sua visão, sua forma de ver e analisar historicamente a invenção da cerca.
Para resumir a história, a invenção da cerca, segundo o professor Josué, impulcionou a invenção da grande maioria dos instrumentos de defesa e ataque que se tornaram necessários para manter o que se possuia e para possuir cada vez mais novas posses (ampliar os domínios da cerca).
Todas as guerras que já vivenciamos, até os dias de hoje, sempre apresentam o interesse de ampliar os domínios das cercas.
Hoje, as vantagem são outras, as riquezas são outras, as cercas são diferentes, mas no fundo, bem lá no fundo, continuam sendo apenas cercas.
A terra, e as riquezas por ela produzida, são e continuarão sendo muito importantes para os homens. Mas não são mais, a muito tempo, o fator determinante do “poder”.
Muitos paises, cidades, regiões que não possuem riquezas oriundas da terra, muitos que nem possuem grandes extensões de terra são ricos e poderosos. Suas maiores riquezas não estão mais na extensão territórial, mas na capacidade de produção de conhecimento que seus habitantes são capazes de gerar.
Vejamos o caso da Suiça, conforme descrito no livro “Os axiomas de Zurique”:
(“Vejam o quebra-cabeça que é a Suiça. (...) é um lugar pedrento, com uma área menor que a do estado do Rio de Janeiro. Não tem um centímetro de litorial. É umas das terras mais pobres em minerais que se conhece. Não tem uma gota de petróleo que possa chamar de sua, e mal consegue um saco de carvão. Quanto a agricultura, o clima e a topografia são inóspitos a quase tudo.
Há trezentos anos a Suiça fica fora das guerras européias, principalmente porque, nesse tempo todo, não apareceu um invasor que realmente a quisesse.
Com tudo isso, os suiços estão entre as pessoas mais ricas do mundo. Em renda per capita, comparam-se aos americanos, alemães e japoneses. Sua moeda é das mais fortes do mundo.
Como conseguem isso?
Conseguem-no porque são os investidores, especuladores e jogadores mais espertos do mundo.”).
Nessa nova “sociedade do conhecimento” a cerca protetora e suas “armas” e mecanismos de proteção parecem perder potencialidade como guardiã dessa “nova” riqueza da humanidade, o Conhecimento.
Então, como cercar o conhecimento?, como países e empresas podem continuar mantendo essa riqueza protegida? Como negociá-la?, Como vendê-la?, Será que essa riqueza, o conhecimento, deve e/ou pode ser guardado, limitado? Será?
Talvez esse seja o maior desafio e a maior oportunidade que teremos daqui para frente...
Quando cursei o segundo grau técnico em informática, atualmente chamado de ensino médio, estudei com um professor de História chamado Josué que numa de suas aulas nos perguntou o seguinte: “qual foi a pior invenção do ser humano”.
Todos nós apresentamos várias invenções como: a bomba atômica, o revolver e outras armas de fogo, cadeira elétrica, gilhotina, etc, etc, quase sempre invenções ligadas à morte e a destruição.
Para nossa surpresa o professor Josué nos disse que a pior invenção do ser humano havia sido a “cerca”. Ficamos todos calados, decepcionados, com a idéia de que a simples “cerca que separa os quintais” poderia ser considera a pior invenção do ser humano.
E então veio a explicação “filosófica” do professor:
O homem em sua origem era um ser nômade que não se fixava na terra e vivia permanentemente mudando de lugar. Não se dedicava à agricultura e frequentemente ignorava fronteiras nacionais na sua busca por melhores lugares.
Com a descoberta e desenvolvimento da agricultura o homen (nômade) muda sua característica de andarílho e passa a se fixar na terra. Esta nova forma de vida, fixada, começa a ser seguida por muitos homens que também passam a se dedicar a agricultura.
Surge então o problema, a necessidade e a solução:
O problema ocorrido foi a mistura das plantações e da terra, que começaram a provocar brigas entre seus “donos” (proprietários). Em função disso, surge a necessidade de organizar “o que era de quem” e “quem era dono do quê”. A solução encontrada (criada) foi a cerca, que organiza a posse e separa os quintais.
Bom, até aqui a “cerca” nos perecia uma ótima invenção. Até que as brigas para organizar e separar as posses começaram a gerar a ambição para possuir as melhores posses...
E assim, o professor Josué foi nos acrescentando argumentos para nos demonstrar a sua visão, sua forma de ver e analisar historicamente a invenção da cerca.
Para resumir a história, a invenção da cerca, segundo o professor Josué, impulcionou a invenção da grande maioria dos instrumentos de defesa e ataque que se tornaram necessários para manter o que se possuia e para possuir cada vez mais novas posses (ampliar os domínios da cerca).
Todas as guerras que já vivenciamos, até os dias de hoje, sempre apresentam o interesse de ampliar os domínios das cercas.
Hoje, as vantagem são outras, as riquezas são outras, as cercas são diferentes, mas no fundo, bem lá no fundo, continuam sendo apenas cercas.
A terra, e as riquezas por ela produzida, são e continuarão sendo muito importantes para os homens. Mas não são mais, a muito tempo, o fator determinante do “poder”.
Muitos paises, cidades, regiões que não possuem riquezas oriundas da terra, muitos que nem possuem grandes extensões de terra são ricos e poderosos. Suas maiores riquezas não estão mais na extensão territórial, mas na capacidade de produção de conhecimento que seus habitantes são capazes de gerar.
Vejamos o caso da Suiça, conforme descrito no livro “Os axiomas de Zurique”:
(“Vejam o quebra-cabeça que é a Suiça. (...) é um lugar pedrento, com uma área menor que a do estado do Rio de Janeiro. Não tem um centímetro de litorial. É umas das terras mais pobres em minerais que se conhece. Não tem uma gota de petróleo que possa chamar de sua, e mal consegue um saco de carvão. Quanto a agricultura, o clima e a topografia são inóspitos a quase tudo.
Há trezentos anos a Suiça fica fora das guerras européias, principalmente porque, nesse tempo todo, não apareceu um invasor que realmente a quisesse.
Com tudo isso, os suiços estão entre as pessoas mais ricas do mundo. Em renda per capita, comparam-se aos americanos, alemães e japoneses. Sua moeda é das mais fortes do mundo.
Como conseguem isso?
Conseguem-no porque são os investidores, especuladores e jogadores mais espertos do mundo.”).
Nessa nova “sociedade do conhecimento” a cerca protetora e suas “armas” e mecanismos de proteção parecem perder potencialidade como guardiã dessa “nova” riqueza da humanidade, o Conhecimento.
Então, como cercar o conhecimento?, como países e empresas podem continuar mantendo essa riqueza protegida? Como negociá-la?, Como vendê-la?, Será que essa riqueza, o conhecimento, deve e/ou pode ser guardado, limitado? Será?
Talvez esse seja o maior desafio e a maior oportunidade que teremos daqui para frente...
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Um humilde bom dia...
Hoje, conversando com um colega estudante de História da UFRJ, aprendi algo muito interessante sobre a origem da palavra “humildade”. Segundo ele, o radical da palavra humildade vem do Latim “humus” que significa, conforme descrição do wikipédia, "filhos da terra" e refere-se à qualidade daqueles que não tentam se projetar sobre as outras pessoas, nem mostrar ser superior a elas.
Falávamos sobre o comportamento de muitos “gerentes” que se valem de suas gravatas para não responder a um simples e espontâneo bom dia de seus subordinados ou subalternos se assim preferirem. Talvez seja permissivo demais, liberdade demais esse laço de comunicação.
Em uma sociedade em transformação pelo conhecimento em que o desenvolvimento interpessoal e a capacidade de se relacionar é mensurada como um capital componente dessa transformação, perceber que muitos gerentes (capatazes) se sentem melhores e superiores que os membros de suas “equipes” ignorando que somos todos “filhos da terra” (de uma mesma terra) é muita falta de conhecimento e de senso bom e comum.
Ser humilde é não renegar sua origem como “ser humano” para assim nos relacionarmos como irmãos e iguais.
O conhecimento, seja na forma de saber ou poder, não deve nos diferenciar como pessoas (ser humano) mas nos qualificar como indivíduos (organismo singular), este talvez seja um dos princípios básicos da “Sociedade do Conhecimento”, então, em que sociedade esses gerentes (capatazes) acreditam estar? e que sociedade esperaram desenvolver?
Hoje, conversando com um colega estudante de História da UFRJ, aprendi algo muito interessante sobre a origem da palavra “humildade”. Segundo ele, o radical da palavra humildade vem do Latim “humus” que significa, conforme descrição do wikipédia, "filhos da terra" e refere-se à qualidade daqueles que não tentam se projetar sobre as outras pessoas, nem mostrar ser superior a elas.
Falávamos sobre o comportamento de muitos “gerentes” que se valem de suas gravatas para não responder a um simples e espontâneo bom dia de seus subordinados ou subalternos se assim preferirem. Talvez seja permissivo demais, liberdade demais esse laço de comunicação.
Em uma sociedade em transformação pelo conhecimento em que o desenvolvimento interpessoal e a capacidade de se relacionar é mensurada como um capital componente dessa transformação, perceber que muitos gerentes (capatazes) se sentem melhores e superiores que os membros de suas “equipes” ignorando que somos todos “filhos da terra” (de uma mesma terra) é muita falta de conhecimento e de senso bom e comum.
Ser humilde é não renegar sua origem como “ser humano” para assim nos relacionarmos como irmãos e iguais.
O conhecimento, seja na forma de saber ou poder, não deve nos diferenciar como pessoas (ser humano) mas nos qualificar como indivíduos (organismo singular), este talvez seja um dos princípios básicos da “Sociedade do Conhecimento”, então, em que sociedade esses gerentes (capatazes) acreditam estar? e que sociedade esperaram desenvolver?
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